Ontem, o euro recuou 76 pips em meio a volumes crescentes, enquanto o S&P 500 caiu 0,28%. O foco dos participantes do mercado esteve nos comentários de Jerome Powell, que sinalizaram a ausência de dois cortes de juros até o fim do ano. Por inércia, os investidores mantiveram elevada a expectativa de corte em outubro (97,4%), mas reduziram a probabilidade para dezembro, de 81,3% para 72,5%. Os rendimentos dos Treasuries subiram levemente.

Hoje, a agenda traz a divulgação dos pedidos de bens duráveis de agosto (previsão: -0,3%), a estimativa final do PIB do 2º trimestre (esperado inalterado em 3,3% a/a), os pedidos semanais de auxílio-desemprego (projeção de alta de 231 mil para 233 mil) e o índice de preços das despesas de consumo pessoal básico do 2º trimestre (previsão de 2,5%, ante 3,5% anteriormente). Ainda assim, é pouco provável que esses dados revertam um mercado que já caminha para uma dinâmica de correlação de crise.

Um suporte-chave para o euro é a linha MACD diária (1,1717). Um fechamento abaixo desse nível pode desencadear uma queda de médio prazo para o euro. O alvo de baixa é 1,1605. Além disso, o próximo alvo pode ser 1,1495 (a máxima de 5 de junho).

A linha de sinal do oscilador Marlin se aproximou do limite da zona baixista, mas ainda não a cruzou. A situação está se desenvolvendo de forma que tanto o preço quanto o oscilador podem romper seus respectivos suportes simultaneamente — mas isso exigiria um pouco mais de consolidação.

No gráfico de quatro horas, o cenário geral é de baixa, já que o preço negocia abaixo das linhas dos indicadores e o oscilador Marlin permanece em território negativo. No entanto, o oscilador está subindo levemente, o que abre espaço para uma consolidação. Os mercados aguardam os dados dos EUA desta noite.